A RELEVÂNCIA DA CONSTRUÇÃO DO SUJEITO KANTIANO PARA AS CONCEPÇÕES DE PUNIBILIDADE MODERNAS

Palavras-chave: Kant, Punibilidade, Utilitarismo

Resumo

O artigo versa acerca do confronto entre o retribucionismo kantiano e os utilitaristas na construção de uma noção de punibilidade. O objetivo em vista é o de explicar a relevância da construção do sujeito kantiano para a fomentação dessa nova perspectiva de punibilidade, destacando a visão do autor em diversos ângulos de análise. O método utilizado é a análise sistemática de diversas obras que possibilitem aprofundamento do estudo kantiano e a aproximação do discurso teórico e filosófico com a conceituação de punibilidade no direito penal, dada pelos doutrinadores. Os resultados são significativos na compreensão da punibilidade como instrumento de reconhecimento da humanidade dos indivíduos e seu caráter moralizante na sociedade. A discrepância evidenciada entre os modelos preventivos gerais e especiais também comportam base para entender a sanção segundo os modelos em embate. Busca-se a explanação de um parâmetro amplo da sanção em Kant, em vista de um confronto que é substancialmente importante na introdução ao período da modernidade. A herança político-jurídica desse confronto até os dias atuais e sua implicação no meio prático de penalização hodierno. Em que medida considerar a teoria kantiana como viável e quais os seus principais pontos criticáveis das suas ideias sobre pena. E finalizando com a explanação da previsão social que tratava Kant, em vistas de progresso.

Biografia do Autor

Lucas Moia Saife, Universidade Federal do Pará

Acadêmico do quarto período do curso de Direito pela Universidade Federal do Pará. Correio eletrônico: lucassaife@gmail.com.

Renan Trindade, Universidade Federal do Pará

Advogado Criminalista, Mestre em Direito pela Universidade Federal do Pará (2019). Correio eletrônico: renantrindade1@gmail.com.

Referências

BECCARIA, C. Dos Delitos e das Penas. [S.l.]: martin claret, 2002.
BITTENCOURT, C. R. Tratado de Direito Penal Parte. 17. ed. São Paulo: Saraiva, v. 1, 2012.
BUZZI, A. R.; BOFF, L. Immanuel Kant textos seletos. 2. ed. Petrópolis: Petrópolis, 1985.
CONDE, F. M. Introducción al derecho penal. 2. ed. Buenos Aires: IBeF Montevideo, 2001.
DEMBOSKI, J. C. O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura. filosofazer impressa, p. 171-176, agosto 2016. ISSN 1413-4675.
FERRAJOLI, L. Diritto e ragione. Madrid: Editorial Trotta, S.A, 1989.
HAJE, L. 97% dos crimes de corrupção no Brasil ficam impunes, diz Dallagnol. Camara dos deputados, 2016. Disponivel em: . Acesso em: 12 jun. 2022.
HÖFFE, O. Immanuel Kant. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
KANT, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Petrópolis: Vozes, 2013.
MORRISON, W. Filosofia do Direito. Dos gregos ao pós-modernismo. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
MPPR. Ministério Público. Conheça as 10 Medidas Contra a Corrupção. Disponivel em: . Acesso em: 12 jun. 2022.
SANDEL, M. J. Justiça, o que é fazer o certo? Rio de Janeiro: civilização brasileira, 2015.
ZAFFARONI, E. R.; PIERANGELI, J. H. Manual de Direito Penal Brasileiro. 8. ed. São paulo: Revista dos Tribunais, v. 1, 2010.
Publicado
2022-12-16
Como Citar
Moia Saife, L., & Daniel Trindade dos Santos , R. (2022). A RELEVÂNCIA DA CONSTRUÇÃO DO SUJEITO KANTIANO PARA AS CONCEPÇÕES DE PUNIBILIDADE MODERNAS. Revista Jurídica Do Cesupa, 3(2), 10 - 25. Recuperado de http://periodicos.cesupa.br/index.php/RJCESUPA/article/view/61